Pé-de-Meia: quem pode receber e como funciona

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Com apenas 18 anos, Giovanna Souza dos Santos encontrou no Pé-de-Meia o apoio necessário para seguir os estudos com tranquilidade. Moradora de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, ela estudou no Colégio Pedro II e concluiu o ensino médio com bom desempenho.

De acordo com a estudante, o incentivo financeiro oferecido pelo governo federal ajudou a aliviar a preocupação com o trabalho. Assim, ela conseguiu se dedicar totalmente à escola. O esforço valeu a pena. Giovanna foi aprovada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para cursar Ciências Biológicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela será a primeira da família a frequentar uma universidade pública.

Durante o ensino médio, Giovanna descobriu sua vocação para o magistério ao participar de um projeto voltado à inclusão de pessoas com deficiência visual. Agora, com a nota de 696 no Enem, ela também será contemplada pelo Pé-de-Meia Licenciaturas.

Dois apoios, um objetivo: manter alunos na escola e formar professores

Além disso, ela acredita que o novo programa é essencial para valorizar os estudantes que desejam seguir a carreira docente. Segundo Giovanna, “tem gente que quer ser professor, mas acaba escolhendo outro curso por causa da renda. Com esse apoio, mais pessoas poderão fazer o que amam.”

Programas diferentes, objetivos complementares

Embora ambos sejam geridos pelo Ministério da Educação (MEC), os programas Pé-de-Meia e Pé-de-Meia Licenciaturas atendem a públicos distintos. Ainda assim, eles compartilham o mesmo propósito: incentivar a permanência dos estudantes nos estudos, desde o ensino médio até a formação superior.

A seguir, explicamos as principais diferenças entre os dois:

Pé-de-Meia

  • Destinado a estudantes do ensino médio da rede pública

  • Requer inscrição no Cadastro Único (CadÚnico)

  • Oferece R$ 200 mensais para quem manter a frequência escolar

  • Paga R$ 1.000 ao final de cada série concluída

  • Oferece R$ 200 extras para quem participar do Enem

  • Valor total pode chegar a R$ 9.200 por aluno

Pé-de-Meia Licenciaturas

  • Voltado a alunos que ingressam em cursos de licenciatura presenciais

  • Exige nota igual ou superior a 650 pontos no Enem

  • Bolsa mensal de R$ 1.050, sendo R$ 700 para saque imediato

  • R$ 350 ficam retidos em poupança e só podem ser sacados após entrada na rede pública de ensino

  • O estudante precisa manter bom desempenho acadêmico

  • É necessário ingressar em escola pública em até cinco anos após a graduação

Ambos os programas representam um avanço nas políticas educacionais. Enquanto o Pé-de-Meia foca na permanência dos jovens no ensino médio, o Licenciaturas se propõe a enfrentar o déficit de professores no Brasil.

Mais incentivo à formação de professores com o Pé-de-Meia Licenciaturas

Segundo o Ministério da Educação, o Pé-de-Meia Licenciaturas faz parte do programa “Mais Professores para o Brasil”. A iniciativa tem como meta formar mais docentes qualificados e combater a falta de profissionais na rede pública.

Para 2025, o governo disponibilizou até 12 mil bolsas. Para participar, o estudante precisa atender a alguns requisitos adicionais, como estar vinculado ao Sisu, Prouni ou Fies e seguir o que determina o Edital nº 1/2025 da Capes.

Além disso, os contemplados devem:

  • Cursar os créditos obrigatórios de cada semestre
  • Alcançar notas e frequência satisfatórias
  • Ingressar na rede pública de ensino em até cinco anos após a formatura

O MEC pretende, com isso, atrair jovens talentos para a docência e valorizar quem escolhe ensinar. Portanto, o governo investe não apenas na permanência dos alunos na escola, mas também no futuro da educação.

Transformando vidas com oportunidades com o Pé-de-Meia

Histórias como a de Giovanna mostram o impacto positivo dessas políticas. Graças ao Pé-de-Meia, ela conseguiu focar nos estudos. Com o Licenciaturas, poderá concluir a graduação sem precisar trabalhar enquanto estuda.

Esses incentivos financeiros ajudam a mudar trajetórias. Além disso, reduzem as desigualdades e contribuem para melhorar a qualidade da educação no país. Afinal, quando o estudante tem apoio, ele pode sonhar mais alto.

Por fim, os dois programas cumprem um papel essencial: garantir que nenhum aluno precise abandonar a escola por falta de recursos. E, acima de tudo, mostram que investir em educação é investir no futuro do Brasil.

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